Origens, Património e Atualidade
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Resenha Histórica
Quando se fala em Landim há um não sei quê de balsamo que nos enebria a alma. A fonte deste prazer advém dos encantos e da beleza românica que o augusto Mosteiro transmite oferece aos seus habitantes e visitantes. De facto, trata-se de um dos exemplares mais emblemáticos do estilo românico da região Entre-Douro e Minho. Respeitado com carinho e admiração, este notável legado histórico do século XI, tem sido, desde há muito tempo o principal ponto de atracção turística da localidade. Fundado pelo conde D. Rodrigo Forjaz da Transtâmara, filho do conde D. Forjaz Vermui, um dos companheiros do conde D. Henrique, foi reedificado por D. Miguel da Silva, da casa dos Silvas de Portalegre, bispo de Viseu e cardeal de Roma. A sua igreja venera a imagem de Nossa Senhora de Landim, outrora denominada por Nossa Senhora de Basta. Mas o peso da História passa, também, pela Irmandade de Senhor das Santas Chagas, instituída pelos próprios Landinenses em 1570, com o intuito de acompanhar o Homem em toda a sua dimensão humana. Na realidade, ainda hoje, há freguesia que nutrem um amor inefável por esta confraria. As várias capelas que a freguesia possui, para além de varias alminhas em Ponte, Burgo, Boavista e S. Brás, e das inúmeras heranças românicas, remetem para um passado longínquo, mas historicamente valioso.
História

A história da freguesia de Santa Maria de Landim confunde-se com a do seu Mosteiro, visto que ela nasce para a história graças à fundação do Mosteiro, em 1096, por D. Rodrigo de Forjaz Trastamara, filho do Conde de Trastamara, nobre francês que atraído para a Península pelas guerras de Afonso VI, rei de Leão, contra os mouros.

Fundado em finais do século XI, o convento foi entregue aos Frades Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que viu aumentar o seu património, quando D. Gonçalo Gonçalves e D. Rodrigo Gonçalves Pereira (filhos do Conde D. Gonçalo Rodrigues) lhe doaram o rico e extenso Couto de Palmeira, com sede no lugar de Santa Eulália. É certo que, existe uma confusão histórica na atribuição primaz quanto à fundação Couto, direitos e privilégios entre o de Landim e Palmeira. No entanto, a maioria dos estudiosos defende a integração deste naquele, porque o de Landim se firmou, prevalecendo e dominando o de Palmeira.

Ao longo dos séculos o mosteiro recebeu grandes privilégios por parte dos poderes religiosos e da própria monarquia, que o isentou de submissão e lhe garantiu grandes rendimentos pelo contributo de numerosos casais existentes no perímetro do Couto que chegava à jurisdição de Barcelos. O Couto teve igualmente o título de Condado, desde o reinado de D. Afonso IV, privilégio que D. João I conservou, atribuindo-lhe ainda jurisdição civil, por carta de doação feita em Lisboa, a 19 de Setembro de 1410.

Aquando da morte do último prior do mosteiro, D. Frei António da Silva, em 1560, o convento passou para a Comenda do Cardeal Alexandre Farnegia, por concessão do Papa Pio IV. D. Frei Filipe, procurador-geral dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no entanto, encontrando-se nessa altura em Roma, conseguiu que o referido Cardeal desistisse da posse da Comenda. Em 1562, o Mosteiro foi unido ao de Santa Cruz de Coimbra, da mesma ordem. Em 1770, porém, o Convento foi extinto e vendido a particulares, com autorização do Papa Clemente XIV.

Em 1790, o Couto (então, instituição em decadência) foi transformado em Concelho, que se manteve até 1836, ano da grande reorganização administrativa encetada por D. Maria II. Apesar de a fundação do Mosteiro ter ocorrido no século XI, a sua Igreja é da segunda metade do século XII. Em Março de 1996, a Igreja e a Casa do Mosteiro foram considerados por decreto Imóvel de Interesse Público. O conjunto de três capelas de São Brás - Senhor das Santas Chagas e Senhor dos Paços, em pedra; da Senhora do Carmo, com fachada Barroca; e a de Santa Marinha, construída há mais de quatrocentos anos, completam o rico património religioso da freguesia.

Em termos arquitectónicos, Landim possui algumas belas casas senhoriais. O Solar do Souto, com um espigueiro datado do início do século, em madeira de castanho, tem o seu tecto revestido a telha francesa. Na Casa Agrícola deste Solar, podemos ainda encontrar uma pia do século XVIII. O Solar da Basta é uma casa de pedra muito antiga, com as portas bastante trabalhadas, talvez por entalhadores de Landim.

Órgãos
EXECUTIVO
Avelino Freitas da Silva
Presidente
Célia Cristina Pereira Machado
Secretária
José Fernandes Pereira
Tesoureiro
ASSEMBLEIA
José Manuel Soares Pereira
Presidente Assembleia Freguesia
Hélder Filipe da Rocha Pereira
1º Secretário
Esmeraldina Iria Cardoso Fonseca Ribeiro
2º Secretário
MEMBROS ASSEMBLEIA
Joel Cristiano Pacheco Oliveira
Sara Francisca Ribeiro Guimarães
César Augusto Oliveira Rebelo
Marisa Cidália Almeida Araújo
Maria Ernestina Carriço Dias
Sandra Sofia Ribeiro Pereira
Heráldica
BRASÃO DE ARMAS
Brasão: Escudo de vermelho, mosteiro de prata lavrado e realçado de negro, entre dois cachos de uvas em chefe de uma roda de azenha em ponta, tudo de ouro; pé ondado de preta e azul, de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "LANDIM".
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DOS SÍMBOLOS HERÁLDICOS
Roda de Azenha: Representa a abundância da água nestas terras, propícia ao cultivo dos seus vinhos e a toda a agricultura. Burelas Ondeadas: Representa o rio que atravessa a freguesia, o Rio Pele, e o Rio Ave que delimitava a antiga "Vila Nandini".
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DOS SÍMBOLOS HERÁLDICOS
Cachos de Uvas: Simbolizam a cultura do vinho verde, que nesta freguesia está e sempre esteve implantada. Mosteiro: Representa o antiquíssimo Mosteiro de Landim, fundado para nele se instalarem os Cónegos Regrantes de São Agostinho.
Tradições
Na Freguesia, a expressividade cultural e religiosa da população manifesta-se através da solenização das festa em honra de: Nossa Senhora da Assunção: festa em honra da padroeira de Landim, comemora-se anualmente e tradicionalmente a 15 de Agosto; Senhora das Candeias - esta festa tem lugar a 2 de Fevereiro; São Brás - realiza-se a romaria em louvor a este santo em 3 de Fevereiro; São João - realiza-se de 20 a 24 de Junho; Santa Marinha - realiza-se a 18 de Julho; Procissão dos Passos - a legendária festa que se realiza no quarto domingo da Quaresma, de dois em dois anos; Carnaval (cortejo carnavalesco).
Feiras, Danças e Cantares, Jogos Tradicionais, Artesanato e Gastronomia
FEIRAS
No dia 2 de Fevereiro realiza-se a conhecida Feira das Candeias. "Feira do Gado".
DANÇAS E CANTARES
Faz parte da memória das pessoas antigas os serões bem passados com o Vira e o Malhão , Cantares ao desafio.
JOGOS TRADICIONAIS
De acordo com as memórias dos antigos, recuperaram-se os jogos da malha.
ARTESANATO
Para não esquecer a manufactura do passado, permanecem vivas as artes de: Tecelagem, tapetes de arraiolos, pedreiro. Constituem-se como artes mais ancestrais que, ainda, persistem nas mãos dos grandes artesãos landinenses.
GASTRONOMIA
Pratos Típicos: Tripas à Moda do Porto, Rojões à Moda do Minho, Arroz de Toquinha da Miquinhas Saraiva. Vinhos regionais: São néctares da região os Vinhos Verdes. Doces Regionais: Arroz Doce do Mosteiro, Licor de Tangerina da Crestininha Estrelada, Licor de Café do Senhor António Pereira de Faria, Festival de Doçaria Conventual.